data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Alan Orlando (Especial)
As salas de espera de sete unidades básicas de saúde não tinham pacientes no final da tarde desta terça-feira em Santa Maria. Quem esperava para acessar a sala de vacinação eram os trabalhadores de atenção básica do município. Depois dos profissionais da chamada linha de frente da Covid-19, a prefeitura espera imunizar 500 pessoas que trabalham em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Estratégias Saúde da Família (ESFs).
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Quem atua na atenção básica, ainda que não diretamente no hospital, pode ter contato com pacientes que apresentam sintomas comuns à Covid-19. Essa era uma das preocupações da agente comunitária de saúde Walkyria Araujo Rodrigues, 50 anos. Ela atua na ESF Arroio do Só, no Distrito de Pains, desde o começo da pandemia, no ano passado.
- Todo mundo esperava há muito tempo. Assim como toda população está na espera. Esse momento é uma gota de esperança. A gente se sente privilegiado por poder estar nesse primeiro momento. Estamos na expectativa pela imunização da população - celebra depois de ser vacina
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Alan Orlando (Especial)
Sala de espera da Policlínica Erasmo Crossetti, no Centro, tinha trabalhadores da saúde em vez de pacientes nesta terça
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Walkyria espera que ela e os colegas sirvam de exemplo para as pessoas que negam a vacina. Ela também reitera que a vacinação não significa o fim da pandemia e a necessidade de cuidados de prevenção ao contágio.
- Os cuidados seguem. Máscara e álcool em gel. A gente também precisa direcionar quem não fez a imunização a se cuidar até o próximo passo - disse, aos risos com o pirulito que ganhou depois da aplicação.
O público-alvo desta etapa ainda integra o grupo prioritário. São cerca de 500 trabalhadores entre médicos, enfermeiros, residentes, recepcionistas e pessoas da higienização, conforme o Plano Nacional de Imunização do governo federal. Essas doses são parte das 4,5 mil unidades da vacina de Oxford que chegaram na segunda em Santa Maria. O esperado é que, com essas vacinas, o percentual de trabalhadores da saúde com a primeira aplicação chegue a 61%.
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Na Policlínica José Erasmo Crossetti, 84 pessoas receberam a primeira dose nesta terça. Uma delas foi a médica clínica-geral Marcia Bolson Rabins, 54 anos, que trabalha na UBS Centro Social Urbano.
- Com muita satisfação, é um momento muito esperado. Esperamos que chegue esse momento para toda a população o mais rápido possível. Não deu, super tranquilo - conta.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Alan Orlando (Especial)
As unidades básicas começaram a receber as doses do município no começo da tarde. Desde 16h, os postos tiveram o atendimento fechado para começar a vacinação dos profissionais. Foram sete postos que concentraram a imunização nas regiões da cidade. (veja abaixo).
Em seis dias, Santa Maria já recebeu 8,7 mil doses contra a Covid-19. Com isso, a campanha de vacinação tem continuidade entre o grupo prioritário, que inclui os profissionais da saúde. Indígenas e idosos que vivem em lares já foram contemplados na totalidade. A partir de agora, a logística tem alterações. Depois do contato prévio com o setor de imunizações da Vigilância em Saúde, as instituições retiram as vacinas.
LOCAIS DE VACINAÇÃO PARA PROFISSIONAIS QUE TRABALHAM EM POSTOS DE SAÚDE:
Região Oeste:
- Vacinação na UBS Floriano Rocha, abrangendo trabalhadores da Ruben Noal, Nova Santa Marta, Alto da Boa Vista e Felício Bastos
- Vacinação da UBS Roberto Binato, abrangendo trabalhadores da São João, Parque Pinheiro e Vitor Hoffmann
Região Norte:
- Vacinação na UBS Kennedy, abrangendo Bela União, Joy Betts, Itararé, Mozzaquatro e Santo Antão
Região Centro
- Vacinação da UBS Erasmo Crossetti, abrangendo Centro Social Urbano, Lídia, Dom Antônio Reis, Arroio Grande, Santa Flora e São Valetim
Região Leste:
- Vacinação na UBS Wilson Paulo Noal, abrangendo Walter Aita, Arroio do Só e Pains
- Vacinação na UBS São Francisco, abrangendo São José e Maringá
Região Sul
- Vacinação na UBS Oneyde de Carvalho, abrangendo Urlândia, Santos e Passo das Tropas
*Colaborou Leonardo Catto